Resenha Felicidade Conjugal

Resumo do livro – “Felicidade Conjugal”

“Felicidade Conjugal” é uma obra fascinante de Lev Tolstói que mergulha nas complexidades do amor e do casamento através da história de Mária Aleksândrovna e Sierguiéi Mikháilitch. Com idades bastante diferentes — ela com 17 anos e ele com 37 — o romance entre eles traz à tona uma série de questões sobre relacionamentos e as expectativas sociais da época em que foi escrito, em 1859.

A narrativa inicia com a representação de um amor idealizado, repleto de ternura e descobertas. Mária, ainda jovem e inexperiente, enfrenta a dificuldade de expressar seus sentimentos em um contexto onde a comunicação sobre questões emocionais era limitada para as mulheres. A protagonista nos proporciona uma visão íntima de suas inseguranças, refletindo: “Todos os meus pensamentos, todos os meus sentimentos de então não eram meus, eram pensamentos e sentimentos dele, que de repente se tornaram meus” (p. 25). Essa citação evidencia sua luta interna para entender suas emoções, marcada pela dependência em relação a Mikháilitch.

O enredo de “Felicidade Conjugal” é dividido em duas partes. Na primeira, podemos observar a floresta de sentimentos e a pureza do amor jovem. Contudo, essa atmosfera apaixonada começa a se desvanecer após o casamento, quando a vida a dois revela suas dificuldades. A passagem do amor romântico para uma realidade rotineira é um golpe na relação, e as diferenças entre o casal tornam-se evidentes. Mária reflete sobre as mudanças em sua vida conjugal: “O pior para mim estava no fato de que eu sentia como, dia a dia, os hábitos da vida acorrentavam a nossa existência numa forma determinada” (p. 71).

Tolstói destaca-se na criação de uma personagem feminina rica e complexa, que muitas vezes parece desafiar as normas sociais da época. Durante o desenrolar da trama, Mária revela seu descontentamento e questiona os direitos e limitações impostos por seu papel de esposa, sugerindo um despertar de sua identidade: “Ah! Então é este o poder do marido – pensei. – Ofender e humilhar uma mulher sem nenhuma culpa” (p. 86). Essa evolução da protagonista provoca uma reflexão profunda sobre o papel da mulher na sociedade.

O livro explora as diferentes facetas do amor, desde a paixão juvenil até a redescoberta dos sentimentos em meio à monotonia da vida diária. Tolstói consegue, com maestria, abordar temas como a perda da paixão e o ressentimento que pode surgir em relacionamentos prolongados. Através de uma prosa sensível, ele proporciona uma leitura densa de emoções que ressoam até os dias atuais.

Em conclusão, “Felicidade Conjugal” é mais do que uma história sobre um casal; é um estudo sobre o amor, as expectativas sociais e a busca pela felicidade em meio às realidades do cotidiano. Se você está em busca de uma narrativa que faça refletir sobre relacionamentos e suas complexidades, essa obra é uma excelente escolha. Não hesite em se aprofundar nessa leitura rica e envolvente, que certamente deixará marcas em sua compreensão sobre o amor e a convivência.

Resenha Felicidade Conjugal

Resumo dos personagens principais de “Felicidade Conjugal”

1. Mária Aleksândrovna: Protagonista da história, uma jovem de 17 anos que vive um amor idealizado e enfrenta as complexidades da vida conjugal. Sua evolução ao longo do romance questiona os papéis de gênero da época.
2. Sierguiéi Mikháilitch: Marido de Mária, com 37 anos, representa a figura masculina tradicional e as expectativas sociais que cercam o casamento na época.

“Felicidade Conjugal” por partes

Parte 1: O Amor Idealizado

No início da narrativa, Mária e Sierguiéi experimentam o encanto de um amor jovem e apaixonado, repleto de descoberta e ternura. As inseguranças de Mária, no entanto, se fazem presentes, pois sua experiência na comunicação de sentimentos é limitada.

Parte 2: Começando a Vida a Dois

Após o casamento, Mária se depara com a rotina da vida conjugal e as dificuldades de um relacionamento que antes parecia perfeito. A diferença de idades e as expectativas sociais começam a pesar sobre a felicidade do casal.

Conclusão

“Felicidade Conjugal” apresenta uma análise profunda sobre amor e relacionamentos, sendo uma leitura relevante para os dias atuais, onde questões de gênero e expectativas sociais continuam a ser discutidas.

Recomendação de quem deveria ler este livro

A obra é recomendada para leitores interessados em romances clássicos que abordam questões complexas sobre amor, casamento e a condição feminina.

Quando foi publicado pela primeira vez? e por quem?

“Felicidade Conjugal” foi publicado pela primeira vez em 1859 pelo renomado autor Lev Tolstói.

Curiosidades sobre “Felicidade Conjugal”

• Inspiração Pessoal: Tolstói se inspirou em suas próprias experiências matrimoniais para escrever a obra.
• Temas Universais: Apesar de ser uma obra de mais de um século, os temas tratados ainda são relevantes nos debates sobre relacionamentos contemporâneos.