Resenha do livro Se Só Me Restasse Uma Hora de Vida

Resumo do livro

Ao pegar nas mãos o livro “Se Só Me Restasse Uma Hora de Vida”, de Roger-Pol Droit, fui imediatamente atraído pela sua capa envolvente, sem ao menos conhecer sua sinopse ou o número de páginas. A curiosidade me levou a adicioná-lo à minha lista de “desejados” no Skoob, e posso afirmar que essa escolha foi mais do que acertada!

Resenha do livro Se Só Me Restasse Uma Hora de Vida

Iniciei a leitura em um momento inusitado: na sala de espera para um exame de rotina. O acaso fez essa experiência ainda mais interessante, pois, em meio ao nervosismo, me deparei com um texto que vai muito além da mera ficção. O livro é, na essência, um profundo estudo sobre a filosofia da morte. Embora, em certos momentos, possa parecer um guia de autoajuda, isso não diminui, de forma alguma, o valor da obra. Após ter lido vários livros sem sentido e mal escritos, Droit me proporcionou a pausa que eu tanto precisava.

A leitura flui com facilidade, mesmo diante de um tema tão denso quanto a morte. A verdade é que esse é um assunto que poucos querem discutir, não é mesmo? Contudo, o autor realiza um trabalho brilhante ao nos convidar a adentrar os pensamentos de alguém que tem consciência de que restam apenas alguns momentos de vida. Perguntas surgem ao longo da narrativa: O que você faria? A quem se dirigiria para pedir perdão? Aproveitaria o tempo com aqueles que ama? Rezo? Imploraria por misericórdia?

Neste contexto, Droit nos lembra que “a morte não pode ser ensinada, não pode, em sentido algum, de maneira nenhuma, ser objeto de algum tipo de treinamento”. O que ele propõe é um exercício de contemplação, preparando-nos para lidar com a última prova da vida, a agonia.

Outro aspecto que me chamou atenção foram os recursos estilísticos utilizados pelo autor. Droit evita parágrafos longos e excessivas pontuações, o que gera uma sensação constante de urgência. A forma como ele organiza suas ideias – fazendo cortes, retomadas e desvios – nos envolve ainda mais em seu universo particular. Essa prosa ágil torna a leitura um verdadeiro “respiro literário”, especialmente em momentos mais intensos do ano.

Além de tudo, a reflexão proposta por Droit é profunda e ressoa em algum momento com cada um de nós, colocando em perspectiva nossas prioridades e desafios. E se realmente tivéssemos apenas uma hora para viver? Esse exercício radical instiga a buscar o que realmente importa e a esquecer as ilusões.

“Se Só Me Restasse Uma Hora de Vida” é um convite à introspecção e à descoberta do essencial em nossas vidas. Convido você também a embarcar nessa leitura transformadora e a refletir sobre suas próprias verdades. E você, já teve a oportunidade de ler? O que achou? Compartilhe suas impressões!