O movimento literário do Realismo emergiu como uma resposta direta aos ideais românticos do século XIX. Enquanto o Romantismo buscava escapismo e idealização, o Realismo procurava retratar a realidade de forma objetiva e sem adornos. Neste artigo, exploraremos os principais autores do Realismo, seu contexto histórico, suas obras mais significativas, e algumas curiosidades sobre este importante período da literatura.
O Realismo foi um movimento literário e artístico que floresceu principalmente na segunda metade do século XIX, especialmente na Europa e nas Américas. Surgiu como uma reação à artificialidade e idealização do Romantismo, buscando representar a vida cotidiana de forma autêntica, com foco nas classes média e baixa da sociedade. Os realistas valorizavam a observação direta, a descrição minuciosa e a verossimilhança.
O movimento teve suas raízes na França, com o surgimento da pintura realista na década de 1850, liderada por artistas como Gustave Courbet. Na literatura, o marco inicial do Realismo é frequentemente atribuído à publicação de “Madame Bovary” (1857), de Gustave Flaubert, que retrata a vida monótona e insatisfatória de uma mulher provinciana.
Gustave Flaubert é frequentemente considerado um dos pioneiros do Realismo. Além de “Madame Bovary”, sua obra mais famosa, Flaubert também escreveu “Salammbô” (1862) e “A Educação Sentimental” (1869). Sua prosa detalhada e sua abordagem objetiva influenciaram profundamente o desenvolvimento do Realismo.
Embora seja mais conhecido por suas obras-primas do existencialismo como “Crime e Castigo” e “Os Irmãos Karamazov”, Dostoiévski também é considerado um autor realista. Suas obras exploram os aspectos mais sombrios da natureza humana, expondo as contradições sociais e morais da Rússia do século XIX.
Émile Zola foi um dos líderes do movimento realista na França. Sua série de romances “Les Rougon-Macquart” traça o destino de uma família ao longo de várias gerações, oferecendo uma visão panorâmica da sociedade francesa durante o Segundo Império. O mais famoso desses romances é “Germinal” (1885), que retrata a vida miserável dos mineiros de carvão.
No Brasil, Machado de Assis é considerado um dos maiores escritores realistas. Suas obras, como “Dom Casmurro” (1899) e “Memórias Póstumas de Brás Cubas” (1881), exploram as complexidades da psicologia humana e criticam a sociedade brasileira da época.
Apesar de ser um autor do início do século XIX, Balzac influenciou fortemente o Realismo posterior com sua série monumental “A Comédia Humana”. Esta série de mais de noventa romances e novelas oferece uma visão abrangente da sociedade francesa, explorando temas como ambição, poder e corrupção.
O Realismo representou uma mudança significativa na literatura, afastando-se da idealização romântica e abraçando uma representação mais fiel da vida cotidiana. Os autores mencionados acima são apenas alguns dos muitos que contribuíram para esse movimento literário importante e duradouro. Suas obras continuam a ser estudadas e apreciadas por sua habilidade em capturar a essência da condição humana.
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